Congresso História da Ciência na UFRJ

4º Congresso de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia

Estão abertas as inscrições para os pesquisadores interessados em apresentar trabalhos no evento Scientiarum Historia IV, o 4º Congresso de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia, que será realizado, de 19 a 21 de outubro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os interessados devem se inscrever pelo site http://www.scientiarumhistoria.ufrj.br.

Inscrições de trabalhos até 31 de julho. 

Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia (HCTE) da UFRJ – programa interdisciplinar formado pela Coppe, Instituto de Química e Instituto de Matemática da UFRJ -, o evento terá uma programação ampla, que inclui conferências, simpósios temáticos, apresentação de painéis, lançamento de livros e eventos socioculturais.

(Ascom da COPPE/UFRJ)

Fonte: JC e-mail 4306, de 22 de Julho de 2011. 

Novas tecnologias no Brasil do século XIX: o caso Oswaldo Cruz

Imagine um Rio de Janeiro em que todas as ruas não tinham calçamento, os esgotos eram lançados a céu aberto e que 700 mil cariocas tinham surtos epidêmicos de peste bubônica, varíola e febre amarela…

Esse era o Rio de Janeiro do século XIX!

E para quem ainda acha que nossos antepassados não produziam ciência e não tinham tecnologia, eis o desafio:

Assistam o vídeo Sonhos Tropicais disponibilizado neste blog (https://historiadaciencianobrasil.wordpress.com/videos/sonhos-tropicais-o-filme/ ) e leiam a máteria da Super Interessante (novembro/2008) disponibilizada neste link (http://super.abril.com.br/cotidiano/oswaldo-cruz-tudo-pela-saude-438798.shtml)

Logo logo conversamos novamente! 

Escola Paranaense de História e Filosofia da Ciência – ESCOLA HFC 2013

A Escola HFC é um evento bianual destinado à formação nas áreas de história e filosofia da ciência, compreendendo tanto a formação inicial de pesquisadores universitários quanto a formação continuada de professores da educação básica, das mais diversas áreas do conhecimento. O evento é uma promoção conjunta dos programas de pós-graduação em Filosofia (UFPR), em Educação em Ciências e em Matemática (UFPR) e em Formação Educacional, Científica e Tecnológica (UTFPR), com o apoio da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Nas últimas décadas, a história e a filosofia da ciência — a assim chamada HFC — progrediu fortemente em duas direções: na expansão de sua base de especialistas e na expansão da sua aplicação ao ensino das ciências (e da matemática) nas escolas de educação básica. É notório que, nos últimos anos, a comunidade acadêmica e escolar brasileira tem feito progressos expressivos em ambas as direções. Todavia, nem dispomos ainda de um número suficiente de iniciativas de formação sistemática de pesquisadores em HFC nem as aplicações da HFC à educação básica refletem o amadurecimento alcançado nas últimas décadas nesse campo de estudos.

O objetivo da Escola HFC é, portanto, criar as condições para que ocorra uma expansão significativa desse campo de estudos nessas duas direções: formação de novos pesquisadores e formação de professores capacitados a expandir as aplicações da HFC na educação básica.

A HFC é, por excelência, uma área de estudos interdisciplinar. Do lado do ensino das ciências naturais, abordagens históricas e filosóficas dos problemas e teorias científicas contribuem para ampliar a compreensão conceitual dos problemas propostos aos estudantes, tornando-se assim um aliado importante na concepção de materiais e estratégias para permitir aos estudantes um entendimento significativo dos conceitos e das práticas veiculadas nas aulas de ciências. Do lado do ensino das ciências humanas, a inclusão da ciência e da tecnologia entre os seus objetos de estudo permite integrar às aulas de filosofia, história, sociologia, geografia e literatura um elemento estruturante da cultura ocidental, decisivo para compreender os vários arranjos cognitivos, políticos e econômicos contemporâneos. A HFC é, portanto, um aliado fundamental dos professores na promoção de uma educação voltada à emancipação do pensamento e à ação transformadora.

Os participantes da Escola HFC 2013, além do curso principal a ser ministrado pelo Prof. Mauro Condé (UFMG), poderão acompanhar mais outras duas oficinas. Serão oferecidas um total de 33 oficinas sobre filosofia da ciência, história da física, da matemática, da química, da biologia e das ciências humanas, entre outros temas.

No ato da inscrição, os participantes devem comprovar o recolhimento de uma taxa única de R$ 20,00. Professores da Rede Estadual de Educação do Paraná deverão entrar em contato com o responsável pela sua disciplina no Núcleo Regional de Educação ou enviar e-mail para filosofia.seed.deb@gmail.com . As vagas para as oficinas são limitadas.

Para maiores informações, acesse Eventos – Escola Paranaense de História e Filosofia da Ciência.

 

Evento em Julho de História da Ciência – São Paulo

Vale a pena conferir, acompanhei de alguns anos anteriores!

Aproveitem para se inscrever nos mini-cursos e workshops!


 

IV JORNADA DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO
04, 05 e 06 de julho de 2013

 

O Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência e o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da PUCSP convidam para a IVJornada de História da Ciência e Ensino: propostas, tendências e construção de interfaces.

Contribuições da história da ciência na educação tem sido bastante valorizadas, como expressam as Orientações Curriculares para o Ensino Médio e as Diretrizes curriculares para o Ensino Superior. Com isso, propostas de interação entre essas duas áreas, pautadas em diferentes correntes pedagógicas e em algumas perspectivas historiográficas, tem sido apresentadas tanto no exterior como em nosso país.

Entretanto, as possibilidades de construção de interfaces entre história da ciência e ensino apenas começaram a ser delineadas. Acreditamos que um caminho para explorar essas possibilidades em profundidade seria estreitar o diálogo entre educadores e historiadores da ciência. Assim, pensando num primeiro momento desse diálogo, surgiu a proposta das Jornadas de História da Ciência e Ensino, agora em sua quarta edição. Mais um momento para professores, educadores, historiadores da ciência, estudantes de graduação e de pós-graduação apresentarem suas propostas de trabalho, suas reflexões, as atividades que estão desenvolvendo em sala de aula, e também as dificuldades e inseguranças que enfrentam.

 

 

Maiores informações: http://www4.pucsp.br/jornadahcensino/4jornada.html

 

O papel do museu nacional no século XIX

Bom dia caros leitores!

Compartilho com vocês um excelente artigo sobre o papel do Museu Nacional do Rio de Janeiro no século XIX.

Este artigo de Magali Romero Sá e Heloísa Maria Bertol Domingues foi publicado originalmente na Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência (n. 15, 1996), e faz parte de um projeto maior que busca resgatar a história e a memória do museu nacional desde sua fundação.

A leitura é bem interessante, pois mostra o papel que o museu tinha no século XIX como espaço para difusão de novas ideias, experimentos, divulgação científica e ensino de ciências.

Boa leitura!

Segue link para acesso ao artigo: http://www.mast.br/arquivos_sbhc/156.pdf

 

Afinal de contas, o que é história da ciência?

Antes de iniciarmos as postagens específicas à qual este blog irá se destinar, acredito que os caros leitores poderão estar se perguntando:

Afinal, o que é história da ciência?

Para responder a esta questão, retirei um excerto do livro “O que é história da ciência”, de Ana Maria Alfonso-Goldfarb (páginas 7-9).

Aproveito neste espaço para referenciar o livro àqueles que buscam os primeiros conhecimentos sobre esta fascinante área:

ALFONSO-GOLDFARB, A. M. O que é história da ciência. São Paulo: Brasiliense, 1994. 93p.

O livro está disponível para leitura on-line no seguinte endereço:

http://pt.scribd.com/doc/83027674/ALFONSO-GOLDFARB-Ana-Maria-O-que-e-historia-da-Ciencia (Acesso em 08 de maio de 2013)

Podendo ser adquirido também nas principais livrarias (Cultura: R$ 24,00; Saraiva: R$ 22,00) ou sebos (no estante virtual por exemplo, o preço varia de R$ 5,00 a R$ 19,20).

Vamos à leitura do excerto:

(os grifos indicados foram realizados pela própria autora na edição consultada)

“Não deveria ser difícil entender do que trata a história da ciência, pois o próprio nome já parece explicar tudo. Afinal, Ciência e História são formas de conhecimento sobre as quais quase todos têm alguma intuição.

Você pode não saber nada sobre ciência, mas compreende quando alguém diz que a cura para tal e tal doença está sendo cientificamente estudada. Ou que não existe uma teoria científica para provar a telepatia. Enfim, mesmo não sabendo dizer o que é ciência, você acredita que todos os termos a ela relacionados – científico (a), cientificamente, cientista, cientificismo… – têm a ver com algo objetivo, sério, exato, e quase sempre importante e verdadeiro.

Raciocínio semelhante sempre acontece quando alguém pergunta o que é história. Embora na cabeça das pessoas existam ideias muito diferentes sobre história, também, como no caso da ciência, todos acreditam saber por intuição o que seria história. Você pode confundir Alexandre Magno com Carlos Magno. Mas, pelo menos, você deve saber que esses homens são personagens históricas, que existiram de verdade e, portanto, diferentes das personagens de ficção.

[…]

Não basta juntar história e ciência para que o resultado final provavelmente seja história da ciência. E isso não acontece só porque a junção ou a combinação de duas coisas diferentes quase sempre produz uma terceira com características próprias, embora se pareça com as que lhe deram origem. Isto é verdade para o caso de você, seu pai e sua mãe; para a planta com enxerto do jardim; e também para a ligação entre teorias. Mas, no caso da História da Ciência, a complicação é ainda maior, porque a História da ciência, que se desenvolveu no interior da ciência, sempre esteve mais próxima da filosofia (lógica, epistemologia, filosofia da linguagem), do que da história. Para falar a verdade, até trinta ou quarenta anos atrás, a história da ciência tinha bem pouco de histórico (dos métodos e dos procedimentos da história). Quando, finalmente, a história da ciência passou a usar para valer métodos e procedimentos próprios da história, ela já havia se desenvolvido muito, com defeitos e qualidades próprias.

A história da ciência ficou assim durante algum tempo, como uma estranha no interior dos estudos históricos. Aos poucos foi assimilando, filtrando e adaptando elementos da história, que combinava com outros elementos da sociologia, da antropologia e de várias ciências humanas. A entrada desses novos elementos no corpo da história da ciência deu também um novo saber aos componentes da ciência e da filosofia que de longa data combinavam-se para formar essa área de estudos. O resultado que temos hoje é uma história da ciência complexa e com muitas faces, sem com isso ter se transformado numa colcha de retalhos.

Métoos e processos foram criados para que a história da ciência pudese adaptar, de maneira harmoniosa, esses conhecimentos variados vindos das diversas áreas. Formou-se assim um campo original de pesquisa com vida própria e tudo o mais, e, ao mesmo tempo, em constante comunicação com essas áreas que emprestaram seus conhecimentos à história da ciência”

Após a leitura, podemos perceber que a história da ciência como campo do conhecimento busca articular diferentes saberes para realizar uma análise crítica da ciência, do modo de se fazer ciência e de como a ciência é apresentada ao longo dos tempos.

Nesse sentido, realizar história da ciência é apresentar informações de maneira contextualizada, preocupando-se não apenas em apresentar fatos científicos, mas, de forma concomitante, valores sociais, políticos e econômicos intrínsecos ao processo.

Dessa maneira, pretendo elaborar os posts a partir desta visão para que, ao término de cada leitura, você caro leitor possa por si só adquirir novas informações e processá-las em conhecimento!

Até a próxima!

Para saber mais:

Ana Maria Alfonso-Goldfarb é Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência/ PUC-SP que ajudou a criar e do qual foi coordenadora durante várias gestões. Possui formação inicial em Física (UFSCar), Mestrado em Filosofia e História da Ciência (McGill Univ. Canadá), Doutorado em História (com tese em História da Ciência – USP), Pós-doutorados e estágios de pesquisa e trabalho em centros europeus e americanos, sendo, desde 2005, Honorary Research Fellow do University College London. Foi fundadora e é Coordenadora do Centro Simão Mathias de Estudos em História da Ciência / PUC-SP, onde tem liderado equipes e grandes projetos de pesquisa, além de uma extensa rede de intercâmbios. Tem experiência na área de História da Ciência e Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Ciência e da Tecnologia, Política Científica, História da Química, Origens da Ciência Moderna e Ciência Medieval Árabe. Atualmente sua pesquisa está centrada na história das teorias da matéria, com foco especial na ciência inglesa do século XVII e na organização e árvores do conhecimento. Orientou e supervisionou mais de 60 trabalhos de pós-graduação entre Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, resultando em várias publicações, prêmios e demais distinções. Sua produção acadêmica é composta por mais de uma centena de publicações entre artigos em periódicos científicos, livros e capítulos de livros. É membro de várias comissões científicas nacionais e internacionais, assim como parecerista de agências de fomento e periódicos científicos. Recebeu a Medalha Simão Mathias, outorgada pela Sociedade Brasileira de Química.

(Excerto retirado do lattes)

Para visualizar o currículo completo: http://lattes.cnpq.br/7427854657719431